678 (filme)

678 (filme)
Egipto
Género drama
Música Hany Adel
Idioma árabe

O Cairo 678 (título original: 678) é um filme egípcio de 2010 escrito e dirigido por Mohamed Diab.[1] O filme foca-se no assédio sexual ao que são submetidas publicamente algumas mulheres no Egipto. O filme foi premiado no Festival Internacional de Cinema de Dubai em 2010.

Sinopsis

O filme centra-se nas vidas de três mulheres de diferentes classes sociais que são assediadas publicamente no Egipto. Começa com Fayza (Bushra), uma empregada do governo de escassos rendimentos económicos que é assediada num táxi e num autocarro (com o número 678) a caminho do seu trabalho. Quando chega a casa, resiste às tentativas do seu marido de se deitar com ela e não explica por que não deseja ter sexo com ele.

Depois narra-se a história de Seba, uma desenhadora de jóias de classe média que é assediada por um grupo de homens num estádio, enquanto seu esposo não pode se comunicar com ela para deter o que lhe está a suceder. Após isso, seu esposo não pôde suportar esta situação e ela ficou sem ninguém que cuidasse dela emocionalmente.

Finalmente, o filme centra-se em Nelly, uma comediante e empregada de um call center que é assediada verbalmente por um de seus clientes por telefone, bem como fisicamente enquanto caminha para casa quando um condutor de camião a agride. Quando finalmente a deixa, ela corre atrás do camião e não o deixa passar até que ela e a multidão puderam deter o condutor e entrega-lo à polícia. Nelly tenta apresentar uma queixa por assédio, mas o oficial da polícia resiste e manda-a embora. Aparece, após isso, num programa de televisão, já que foi a primeira egípcia a apresentar uma denúncia por assédio.

Elenco

  • Bushra é Fayza
  • Nelly Karim é Seba
  • Maged El Kedwany é Essam
  • Nahed El Sebai é Nelly
  • Bassem Samra é Adel
  • Ahmed El Feshawy é o comissário
  • Omar El Saeed é Omar
  • Sawsan Badr é a mãe de Nelly
  • Yara Goubran é Amina
  • Marwa Mahran é Magda
  • Moataz Al-Demerdash é ele mesmo

Controvérsias

O filme não tem estado isenta de controvérsias. O cantor de pop egípcio Tamer Hosny exigiu explicações aos produtores pelo uso de uma de suas canções no filme sem permissão.[2]

O advogado Abdel Hamid Shabaan tratou de impedir que o filme fosse exibido no Festival Internacional de Cinema de Dubai devido à sua "errónea representação" de Egipto.[3][4] O cineasta negou qualquer intenção de difamar o Egipto, já que acha que os temas narrados no filme são universais.[5][4][6]

Mahmoud Hanfy Mahmoud, membro da Associação dos Direitos Humanos solicitou que se proibisse o filme, já que segundo ele poderia incitar as mulheres a atacar os genitais masculinos com ferramentas afiadas. No entanto, os realizadores argumentaram que o filme não apresentava estas atrocidades, mas que simplesmente documentava a prática de algumas mulheres que portavam tais ferramentas a modo de defesa pessoal.[7]

Referências

  1. «Cairo 678 filme - Trailer, sinopse e horários». Guia da Semana (em inglês). Consultado em 22 de dezembro de 2018 
  2. «678 film doen't smear Egypt's reputation» (em árabe) [ligação inativa] 
  3. «678 film doesn't smear Egypt's reputation». Consultado em 22 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 24 de novembro de 2010 
  4. a b «Film shines spotlight on Egypt's sexual harassment» 
  5. «678 film doesn't tarnish Egypt's reputation, the whole world is suffering from sexual harassment». Consultado em 22 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 19 de dezembro de 2010 
  6. «Does not defame Egypt» [ligação inativa]
  7. «Citing potential harm to men's 'sensitive spots,' activist urges film ban». Consultado em 22 de dezembro de 2018. Cópia arquivada em 2 de fevereiro de 2011  Archived from the original in Wayback Machine

Ligações externas

  • 678. no IMDb. em ( inglês)